Detalhes do Objeto
Título: Deusa sentada com uma criança
Período: Império Hitita
Data: ca. Séculos 14 a 13 a.C.
Geografia: Anatólia Central
Cultura: hitita
Médio: ouro
Dimensões: 1 11/16 × 11/16 × 3/4 pol. (4,3 × 1,7 × 1,9 cm)
Linha de crédito: Gift of Norbert Schimmel Trust, 1989
Número de Acesso: 1989.281.12
Ao me deparar com a descrição deste minúsculo pingente, um vislumbre da antiguidade e das civilizações que precederam a nossa é revelado. Essa peça, delicadamente esculpida em ouro, parece carregar consigo séculos de história e significado, deixando-nos maravilhados com as conexões entre culturas antigas e as representações divinas que transcendiam as fronteiras geográficas.
Através da lente da arte e da arqueologia, somos presenteados com uma janela para o passado, onde objetos tão pequenos como esse pingente assumiam um papel de grande importância. A ideia de que algo tão minúsculo e intrincado poderia ter sido usado como um amuleto, possivelmente pendurado em volta do pescoço, nos leva a questionar as crenças e rituais das pessoas que o utilizaram.
A semelhança dessas pequenas figuras de ouro em diferentes regiões, como Irã, Mesopotâmia, Levante e Egito, nos faz refletir sobre a possibilidade de que conceitos espirituais e religiosos eram compartilhados e interligados entre culturas distantes. A representação portátil de divindades, como indicado pelos objetos da cultura hitita, nos transporta para um tempo em que a crença nas forças divinas transcendia fronteiras políticas e geográficas.
A figura da deusa sentada no pingente, adornada com brincos e colar, nos remete a um universo de simbolismo e mitologia. O disco em forma de cocar que ela ostenta, sugerindo o sol, possivelmente identifica essa figura como a deusa do sol Arinna, uma divindade central na cultura hitita. A criança nua segurada pela deusa, fundida separadamente em ouro maciço, pode ser interpretada de diversas maneiras, evocando sentimentos de proteção, fertilidade ou renovação.
Cada detalhe, cada traço finamente trabalhado, conta uma história de crença, adoração e conexão com o divino. Ao contemplarmos essa pequena obra-prima, somos convidados a viajar através do tempo e imaginar os rituais e práticas das pessoas que a utilizaram. A beleza dessa peça transcende a forma física; ela nos conecta com as profundezas da espiritualidade humana e com a nossa incessante busca por significado e transcendência.