Se custar minha paz, já custou caro demais - Black Alien


Black Alien, cujo nome real é Gustavo de Almeida Ribeiro, é um rapper e compositor brasileiro conhecido por sua influência e contribuição para o cenário do rap no Brasil. Ele nasceu em 7 de maio de 1972, no Rio de Janeiro, e cresceu no subúrbio da cidade.

Sua carreira musical decolou nos anos 1990, quando ele se tornou membro do grupo Planet Hemp, uma das bandas pioneiras do rap brasileiro. Com o Planet Hemp, Black Alien contribuiu com suas habilidades líricas e vocais para o álbum de estreia da banda, "Usuário" (1995), que se tornou um marco no rap nacional e abordou temas como legalização da maconha e críticas sociais.

No entanto, Black Alien alcançou reconhecimento nacional e internacional com seu trabalho solo. Seu álbum de estreia solo, "Babylon by Gus - Vol. I: O Ano do Macaco" (2004), foi muito bem recebido pela crítica e apresentou uma fusão de rap com influências de rock, reggae e música brasileira. O álbum incluiu faixas populares como "Mister Niterói" e "Como Eu Te Quero".

A carreira de Black Alien teve seus altos e baixos, com períodos de luta contra vícios e problemas pessoais. No entanto, ele conseguiu superar esses desafios e continuou a criar música influente. Seu segundo álbum solo, "Babylon by Gus - Vol. II: No Princípio Era o Verbo" (2019), também recebeu elogios da crítica e mostrou seu crescimento artístico.

As letras de Black Alien abordam uma variedade de temas, incluindo sua vida nas ruas do Rio de Janeiro, experiências pessoais, observações sociais e reflexões profundas. Sua habilidade como letrista e sua voz única o tornaram uma figura importante na cena do rap brasileiro.

Black Alien é respeitado por sua contribuição à música brasileira e é visto como um dos artistas mais talentosos e influentes do gênero no país. Sua jornada musical é um testemunho de superação e dedicação à arte.

Black Alien é uma fonte inesgotável de inspiração em minha vida. Suas músicas têm um poder inigualável de me conectar com as raízes do rap brasileiro e, ao mesmo tempo, me levar a lugares emocionais profundos. Quando ouço suas letras habilmente construídas, sinto uma conexão imediata com suas experiências nas ruas do Rio de Janeiro, suas reflexões pessoais e sua visão de mundo única.

As letras de Black Alien são como poesias urbanas que desvendam as complexidades da vida nas grandes cidades, a luta diária e a busca por significado. Suas músicas me envolvem com batidas hipnotizantes e ritmos cativantes, criando uma atmosfera musical que me transporta para um mundo paralelo.

O que mais admiro em Black Alien é sua autenticidade e honestidade. Suas letras são uma narrativa crua e realista de sua vida e das realidades que ele testemunhou ao longo do caminho. Cada vez que ouço suas músicas, sinto que estou compartilhando um momento íntimo com o artista, como se ele estivesse me contando histórias pessoalmente.

Além disso, a versatilidade musical de Black Alien é notável. Ele mistura influências de diferentes gêneros, o que torna sua música cativante para uma variedade de ouvintes. Suas letras inteligentes e seu fluxo inigualável mostram sua mestria no rap.

O amor que sinto pelas músicas de Black Alien é uma jornada emocional. Suas canções me fazem refletir, dançar, pensar e, acima de tudo, apreciar a profundidade da música brasileira. Ele é uma lenda viva do rap, e sua música continuará a ser uma trilha sonora significativa em minha vida.

💗Laura


O cochilo da tarde é meu xodó do momento
Nem quica, a vida é tombo em pista de cimento
Black Alien já vai tarde, já passou o seu momento
Significa que o cidadão não tem conhecimento
Da força, da fé, da febre e da fibra
Nessas portas meto o pé, enquanto a galera vibra
Me preocupa é o celular que vibra ao lado do meu saco
O resto todo que dá câncer eu já vou lançar no vácuo
Ingrato! Não é o que tu fala que diz quem tu és
Come e cospe no prato, depois vem dizer, jah bless
Se custar a minha paz, já custou caro demais
Pela-sacos, aqui, jaz. Black Alien, aqui, jazz
Hmm, criado no Ingá
Chapado demais pra um dia me vingar
Sim, sensei, eu sem paciência pra debate
Zunguzunguzen, pique flow, marijuana e abacate
Rio de Janeiro, Niterói, favela, morro
Tô que nem o meu cachorro, no domínio do latim
Brooklyn, Nova York, SoHo
Tô que nem cachorro, suando só no focinho
Só não vem facin', senão qualquer um desenvolvia
É tempo de templo, só rato cinza na via
O que vem facin' presta, não, se envolvia
Do Sol da meia-noite até o Sol do meio-dia
Ê, cria do Ingá
Chapado demais pra um dia me vingar
Sim, sensei, eu sem paciência pra debate
Zunguzunguzen, pique flow, marijuana e abacate
Rio de Janeiro, Niterói, favela, morro
Tô que nem o meu cachorro, no domínio do latim
Nem tão longe pra tu chegar aqui de mala
Nem de longe é tão perto que pode vir de chinelo
Nem de longe eu virei monge, apenas parei de dar pala
Vagabundo fala um monte, são pregos pro meu martelo
Bem-vindo ao meu lar, cuidado pra não tropeçar
A mesa ainda tá aqui, porém mudei certezas de lugar
Num mundo que produz prodígios bizarros
Que produzem seus discos, dirigem os seus carros
Minha diversão de homem, alegria de menino
Que produz o que consome, todos temos nossos hinos
Pronuncia o meu nome, sinônimo, genuíno
Bota a cara e testa a fome, meus felinos têm caninos
Sem disposição, não fico sem disposição
Fica no meio do caminho entre eu e eu rico
Ambos são ambição, e ninguém sabe quem são
E nós somos a canção que vem da zona de conflito
Pois a zona de conflito é minha zona de conforto
E a estrada pro inferno se desce de ponto-morto
Então, parou com a zona
Cria do Ingá
Chapado demais pra um dia me vingar
Sim, sensei, eu sem paciência pra debate
Zunguzunguzen, pique flow, marijuana e abacate
Rio de Janeiro, Niterói, favela, morro
Tô que nem o meu cachorro, no domínio do latim